terça-feira, janeiro 17, 2012

Ou alguém duvida que o universo traz aquilo que desejamos?

ELE anda cansado das baladas e dos casos furtivos sem sentimentos. Aprendeu a gostar da própria companhia, sem precisar estar em uma turma de amigos todos os sábados. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que traga um sabor doce às suas manhãs, que seja a melhor companhia para olhar a lua. Que ele possa exibir os seus dons na cozinha e o seu conhecimento em vinhos, só para ela.

Quer uma mulher que ele reconheça pelo cheiro dos cabelos, pelo toque dos dedos, pela gargalhada que vai ecoar pela casa transformando um domingo sem graça, no melhor dia da semana. Quer viver uma paixão tranqüila e turbulenta de desejos… quer ter para quem voltar depois de estar com os amigos, sem precisar ficar “caçando” companhias vazias e encontros efêmeros. Quer deitar no tapete da sala e ficar observando enquanto ela, de short jeans, camiseta e um rabo de cavalo, lê um livro no sofá, quer deitar na cama desejando que ela saia do banho com uma lingerie de tirar o fôlego.

Quer brincar de guerra de travesseiros, até que o perdedor vá até a cozinha pegar água. Quer o poder que nenhum dos seus super heróis da infância tiveram… o poder de amar sem medo, sem perigo e sem ir embora no dia seguinte.

Quer provar que pode fazer essa mulher feliz!

ELA quase deixou de acreditar que seria possível ter vontade de se envolver novamente. Foram tantas dores, finais, recomeços e frustrações que pensou em seguir sozinha para não mais se machucar. Então percebeu que a vida de solteira já não está fazendo tanto sentido. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que possa acordá-la com um abraço que fará o seu dia feliz, quer um homem que ela possa cuidar e amar sem receios de que está sendo enganada. Quer a alegria dos finais de semana juntinhos, as expectativas dos planos construídos, o grito de “gol” estremecendo a casa quando o time dele estiver ganhando (Ou no caso quando o Meu TIME estiver ganhando rsrs)… a cumplicidade em dividir os segredos.

Quer observá-lo sem camisa, lendo o jornal na varanda… quer reclamar da bagunça no banheiro, rindo e gritando quando ele revidar puxando-a para o chuveiro, completamente vestida.

Quer a certeza de abrir a porta de casa e saber que mesmo ele não estando, chegará a qualquer momento trazendo o brigadeiro da doceria que ela gosta tanto. Quer beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar para ter certeza que a felicidade está ali mesmo… materializada nele.

Quer provar que pode fazer esse homem feliz!

ELES estão por aí… sonhando um com o outro… talvez ainda nem se conheçam… mas é só uma questão de tempo, até o destino unir essas vidas que se complementam e estão ávidas para amar e fazer o outro feliz.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Verdades sobre as mentiras masculinas

Domingão, liderança do campeonato em disputa e a mulher quer visitar a mãe dela, do outro lado da cidade, pela terceira vez só nesta semana. O maridão começa a elaborar uma boa desculpa para não ter de acompanhá-la, envolvendo uma dor de estômago ou uma pilha de trabalho para entregar no dia seguinte (ou ambos). Algo tão épico que soa mais falso a cada detalhe adicionado. Enquanto ele se faz de mártir, nem percebe que seria muito mais fácil dizer que prefere ficar em casa.

Fato: homens mentem. Alguns, maquiavelicamente. Mas, a maioria, faz isso de forma ingênua. Costumamos soltar uma mentirinha ou outra antes mesmo de avaliar se existe necessidade de usá-la. Tudo porque fomos educados a driblar e não a passar a bola. Um consenso entre os machos é que a mulherada pega no pé sob qualquer circunstância. Então, para evitar situações de conflito, em vez de partir para o gol, a gente ginga, pedala, dá uma catimbada e cai para simular falta.

Malandro sempre acha que precisa se defender de alguma acusação. Mesmo inocente, a verdade pode parecer ameaçadora demais. Ele foi ao cinema sozinho, comprou ingresso com lugar marcado e nem imaginava que sua ex escolheu, por acaso, a poltrona ao lado. Coincidência engraçada para contar aos colegas de trabalho na hora do café. Mas o resumo da história, aos olhos da namorada, ainda seria ele vendo um filminho junto com uma mulher de seu passado. Em alguns casos, a mentira oferece menos risco.

Homem também se apóia em lorotas antes de admitir que está errado. Como o motorista que roda em círculos e não para para pedir informação. “Bem que o GPS disse lá atrás para você virar à esquerda”, a mulher esfrega na cara dele. “Ali era contramão, o GPS está desatualizado e prefiro um caminho alternativo que conheço”, ele resmunga, antes de dar a volta no quarteirão e, sorrateiramente, pegar a rua que ela havia apontado. Por que assumir o engano se pode justificar suas cabeçadas com uma pretensa sabedoria superior?

Há ainda a mentira para se dar bem. Aumentamos feitos, criamos outros, damos uma polida na realidade, tudo para sair bonito na foto diante da pretendente. Poderia chamá-los, simplesmente, de calhordas aqui e limpar minha barra. Mas, para falar a verdade, todo cara já usou esta artimanha alguma vez na vida (e aposto que nenhum perdeu o sono depois). Aquele que disser o contrário, pode ter certeza, está mentindo.

De vez em quando, a gente mente para proteger as mulheres delas mesmas. Porque vocês adoram fazer perguntas cujas respostas não querem ouvir. Imaginem um sujeito tão sincero que falasse: “sua bunda parece enorme neste vestido” (do jeito que ele gosta, aliás); “claro que eu pegaria suas amigas” (é uma pergunta hipotética, não é?); “já transamos, já papeamos… agora me deixa dormir” (sexo dá sono, cientificamente provado).

Nada disso é motivo de preocupação. Afinal, a maioria dessas pequenas encanações desaparece conforme cresce a cumplicidade do casal, que passa a ler a mente um do outro. O problema é quando brincam com os sonhos de alguém. Como o casado que jura seguidamente para a amante que vai se divorciar em breve (“só não posso agora”, diz). Mais do que ninguém ela deveria saber que, se ele já enrola a esposa, não tem motivo para ser honesto com ela. As mulheres costumam pegar fácil as mentiras dos homens, mas ficam um tanto cegas quando alguém mexe com a esperança delas.