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Me desculpem os não amantes do futebol, mas qualquer cidadão residente no planeta terra que por ventura tenha passado por paisagens tupiniquins nos últimos dias sabe do que eu estou falando: a proximidade contagiante do possível hexacampeonato brasileiro do meu amado rubro-negro, título que não conquistamos há 17 anos. A última vez que meu time ganhou o Brasileirão, em 1992, eu tinha dois anos de idade. Era uma garotinha magrela e baixinha. Júnior, o vovô-garoto, comandava o nosso meio campo com maestria, e conquistamos um título que poucos acreditavam. Como eu disse, ainda era uma criança, futebol era uma saudável fonte de tiração de sarro. E outro detalhe importante: nosso último título nacional havia sido em 87, cinco anos antes, o Mundial havia pouco mais de um década, tínhamos muito mais título que os rivais, nada me levava a crer que ficaríamos anos na fila esperando uma nova grande conquista. Fato! Mas foi na fila que fomos parar. Desde então nos tornamos especialistas em massacrar nossos adversários locais em modo quase looping, vide os constantes tricampeonatos estaduais, mas o tal do Brasileirão que é bom... Pra piorar vimos recentemente o São Paulo se organizar decentemente, conquistar três nacionais seguidos e nos ultrapassar em número de títulos brasileiros. Uma tragédia. Nos últimos anos, meu gigante rubro-negro começou a esboçar sinais de majestade, realizando belas campanhas e perdendo um pouco o fôlego na hora de decidir se teria ou não força pra brigar pela primeira cadeira na tabela. Fomos à Libertadores depois de uma linda campanha de recuperação em 2007, vacilamos infantilmente em 2008. 2009 começou de forma melancólica. Dois jogadores importantes e muito identificados com a torcida nos abandonaram no início da competição. Ibson, nosso maestro do meio campo nas últimas três temporadas foi pra Rússia, e o raçudo Emerson nos largou pra ganhar uns bons bocados de dólares no modorrento Oriente Médio. A perspectiva não era nada boa e piorou muito quando Dunga resolveu nos presentear com uma convocação do Kleberson que não voltou inteiro. Quebraram nosso meia mais experiente. De bom, só a volta do Imperador, atacante de nível que não me lembro ter visto no Flamengo desde... Sei lá. Desde o Romário. Chegamos a jogar jogos com uma equipe formada por um monte de garotos recém promovidos das categorias de base e meu raciocínio era um só: conquistar urgentemente os tais 45 a 48 pontos que nos livrariam de um possível rebaixamento. Mais que isso só milagre. Dois pequenos imprevistos aconteceram no meio do caminho: o primeiro, o fato da diretoria ter tido a coragem de efetivar o experiente jogador, mas até então eterno-tapa-buraco Andrade como treinador após demitirem o bom, mas complicado, Cuca. O Tromba sabe tudo de futebol. E ele com seu jeito calmo resolveu mudar o que ninguém teve coragem no Flamengo nos últimos anos: o esquema de jogo que já estava batido e conhecido por todos os adversários. Transformou nossos bons laterais em apenas bons laterais e não armadores, e contou pra isso com o segundo grande imprevisto que ninguém esperava. Que o tal sérvio chamado Petkovic, que voltou ao clube numa conturbada negociação, aos 37 anos, resolvesse jogar no mais alto nível do futebol mundial. Se em 92 tínhamos Júnior, Pet resolveu comandar a molecada ladeira acima. A diretoria ainda teve mérito ao trazer bons reforços pinçados com lupa, como os experientes Álvaro e Maldonado, que chegaram de mansinho, organizaram a defesa e equilibraram a equipe. O Flamengo se tornou então forte ofensivamente, compacto e seguro atrás. O resultado veio em números. Nos últimos 16 jogos foram 11 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota. Não só esquecemos completamente a muquirana conta anti-rebaixamento como fomos entrando, rodada após rodada, na briga pelas cabeças. Quando menos perceberam estávamos no G4, firmes e fortes na briga por uma vaga na principal competição continental, o que, convenhamos, já era uma tremenda vitória tendo em vista as perspectivas iniciais. Mas não satisfeito, o trator rubro-negro foi devagarzinho baforando no cangote dos adversários que ainda restavam à frente e esses foram aos poucos perdendo a força, sentido a energia da magnética que empurrava seus soldados rumo ao topo. Na 37ª rodada o inevitável aconteceu: Flamengo líder do campeonato a uma rodada do fim. Vai decidir sua sorte em casa, num estádio lotado, observado por uma Nação sedenta por vitória. Nada está ganho, que isso fique claro. Mas a sensação que toma conta de todos os rubro-negros mundo afora é de total euforia. Estamos com a mão na taça e não desejamos perde-la. Claro que agora os adversários vão chorar. Dizer que o Grêmio vai entregar o jogo... Duvido. Mas mesmo assim, se o Inter não tivesse tomado de 4 de nós, o São Paulo não tivesse perdido, assim como o Palmeiras que viu o Pet desfilar em pleno Palestra Itália, talvez nenhum precisasse estar chorando tanto. Coisas do futebol. Domingo eu vou acordar sorrindo e tenho fé que romperei a segunda comemorando minha paixão. Porque pra quem não entende, é isso que gostar de futebol é. Paixão. E o Flamengo é uma inexplicável. O sentimento de ver essa equipe ganhar e se sentir parte daquela força da natureza. Onze espantalhos vestidos com a camisa rubro-negra assustariam qualquer um, titular ou não, do Bragantino ao Real Madri. Por isso vamos ensinar o mundo a escrever Équiça!
Besos
Giu.
ADOOOOOOOOOOOOREI GATA! só nós que somos rubro negras entendemos o real valor! não precisamos jogar na cara de ninguém nossos titulos como o são paulo faz! só o sentimento de estar 70 % lá nos faz PULAR DE ALEGRIA e ignorar tais palavras de bambis hahahahahaha
ResponderExcluirbeijo giu é nóóx domingo :****
hahahahahahahahahahah
ResponderExcluirvlw mulambaaaaa
vai la ÉQUIÇA campeao
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
vai no site da cbf e da fifa e ve quem foi o campeao de 1987 se eu nao me engano foi o sport
saudaçoes Cruzmaltina
erro meu, sorry.
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