terça-feira, janeiro 12, 2010

Recomeço

Se eu disser que nunca o amei seria essa uma das grandes mentiras – mais uma das - que eu poderia inventar. Meu desejo por ele não era de corpo, era presença de alma. Precisava da respiração daquele sentimento seguro e concreto... nosso. Nele sentia que seria necessário um ponto fixo para poder ter onde partir minha vida. O amor que ele me dava era, então, minha base. E com ela me moldei, diria eu, rapidamente. Na época – e agora – não estava preparada para manter esse sentimento. E asseguro, ainda não estou e não acredito que um dia vá.

Não é de mim evitar o amor conjugal, apenas descobri que minha base não é fixa. Quero sentir sentimentos ruins, constantes, desprezíveis, bondosos, sinceros... quero o doce com o amargo misturados. Não sentir apenas o gosto da vitória. Escolhi, assim, uma vida angustiante e não permanente. Esse é meu risco, e eu aceito. Não me tenham pena, pois por dentro sinto bater algo com felicidade. Inconstante em minha eterna pluralidade.

Tão amada e odiada, estúpida e inteligente, fiel e mentirosa... Ah! Finalmente me vejo em tantas coisas. Estou pegando gosto pela vida.

Meu começo de viagem.


Besos

Giu.

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