segunda-feira, agosto 23, 2010

O homem da relação

Ela puxa a cadeira. Abre a porta do carro, ansiosa. Ela o tira para dançar e o conduz ... E, tem que se controlar para não rodopiá-lo no ar. Ela leva todas as compras e esquece que ele poderia lhe ajudar. Decide onde vão e quando vão. E quando há alguma opinião a ser dada, sua voz o inibe de mencionar qualquer palavra. Não quer carinhos depois do sexo, apenas adormecer para o amanhã.

É assim, foi assim. Descobre que eu é o homem da relação. Obviamente que nesse atual mundão de Deus qualificar o que é "atitude de homem" e "atitude de mulher" é temerário e beira a arbitrariedade. Mas o homem deveria ser o protetor, o que conduz, o que planeja por, teoricamente, a mulher já possuir tantas preocupações extras. Ele deveria ser o ATIVO, assim como é na cama. A mulher deveria ter o seu tirado da reta - Uma vez na vida, que seja! Mas não é o que acontece, ao menos com ela!

Numa relação mal pode respirar, por ter que dirigir todos os capítulos e, ainda, atuar neles. Escolher os figurinos, levar comida ao elenco e, ainda, decorar o cenário. Ela o leva ao novo restaurante e lhe faz surpresas. E é cansativo ser tão ativa assim.

Ser mulher e hetero. Teoricamente, deveria ser A Passiva. Mas é tão ativa que vê os olhos marejados dele, receoso de que seja bolinado durante à noite. Precisa de alguém que cuide das suas coisas. E como REALIDADE está enfiada entre suas pernas, sabe bem que é quase impossível alguém com atributos ATIVOS sendo homem. Se ela quiser amar outra vez, que esteja preparada para ser a empregadinha de alguém. Quer ser mulherzinha. Quer ser frágil. O sexo frágil. A fragilidade. A passiva. E nunca, jamais, o homem da Relação.

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